quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Existindo

Em louvor à impermanência

A perfeição não está em ser

Mas sim em ser sempre

TUDO SEMPRE SERÁ

de qualquer maneira no âmbito da existência

permeada pela impermanência

TUDO É

mesmo que por vezes

aparente não ser...


Gampo Dzong

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Momento

A mãe terra
começo da manhã

gotículas pontilham o verde
hálito de neblina

sol ameno
um caracol desliza
dobrando a pequena folha

Silêncio
A vida encanta...


Gampo Dzong

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Paz

Que possa haver paz no Samsara onde vivem comigo todos os seres!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Despertar

Sidharta ergueu-se e caminhou
O mundo estava imerso na escuridão

Ele havia despertado
E todos permaneciam adormecidos

Apesar das trevas da enorme noite
caminhou triunfante sobre a terra

Nada mais temia, nada podia temer
porque o sol estava em seus olhos

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nosso Tibete

Quero crer que a fascinante cultura do Tibete possa permanecer entre nós. Boas condições e auspiciosas causas possam reunir-se e inesperadamente contribuir para o florescimento deste valioso tesouro do teto do mundo. Creio que, não obstante o aparente declínio, algo latente resiste, como a força do nascimento do lótus sob a lama, haverá esperança...

Gampo Dzong

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O Simultâneo

Penso que se o presente está ocorrendo agora, ocorreu antes e ocorrerá amanhã, neste diapasão, sendo tudo uma questão de referência, onde, quebrando-se o atual padrão, se apenas um observador tem a possibilidade de simultaneamente e com a mesma precisão, de ângulos diferentes, presenciar um mesmo fenômeno, sua perspectiva restará tanto maior possível quanto os campos espacial e temporal envolvidos, o que resultará em uma perspectiva completamente nova em todos os sentidos. Nesse processo, quanto mais pontos de observação forem possíveis a um mesmo observador simultaneamente, mais amplo será o campo observado, o que fará com que ele experimente o fenômeno descrito pela lenda da rede de Indra e perceba o universo como um todo indivisível. Será como respirar: somente uma expiração, somente uma inspiração...

Gampo Dzong