quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Grande Amor

"Irmãos e Irmãs,
A linda Terra somos nós.
Eu a abraço e a aperto carinhosamente contra meu peito.
Respirando junto no mesmo ritmo
Recuperamos nossa calma, nossa paz.
Vamos nos aceitar a nós mesmos
para que possamos nos aceitar uns aos outros.
Vamos compartilhar a visão e torná-la possível
De forma que o Grande Amor possa surgir.-"

Thich Nhat Hanh (trecho do poema "Manhã de Paz")

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Zazen em Shambala

As montanhas e a lua
Céu de amanhecer
Sinfonia de pássaros

Zazen
Na grama lá fora
gigantescas gotas de orvalho
brilham transpassadas pelos primeiros
raios do sol

Zazen
Contentamento
Gratidão
Reverência
a todos os Budhas
do passado, do presente e do futuro

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mudra Cósmico

O arco formado pelos polegares
e pelo repousar das mãos
Induz que algo a mais repousa em meu colo
algo maior e ao mesmo tempo flutuante...

Agora percebo o que vem a ser
Acredito que seja o centro
um centro maior do que o próprio corpo
maior que a própria forma
um caminho para o vazio...

Perdidos na Crença em um EU

A ilusão de um Eu
Intelectualmente, uma verdade
Contudo, no reino da emoção, trata-se de uma difícil constatação
especialmente porque quem sente,
apesar de em última análise ser uma ilusão,
é este EU que se apresenta concreto e perene

É uma ilusão,
mas na falta de outra alternativa,
a cada dia nela mergulhamos e por ela anseamos!

terça-feira, 9 de junho de 2009

TEMPLO ZEN DA MONTANHA



Na manhã de ouro
As flores acordam
com o canto dos primeiros pássaros

Ao contrário de Buda
que em pleno gozo de libertação
sorrindo está sempre Desperto

Querido Templo da Montanha
que nos acolhe para a meditação
Abençoado Dojo Zen Gaku In

Que todos os Budas
possam derramar sobre ti
A Canção do Dharma!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Conhecimento

O conhecimento pode ser uma ponte
Uma ponte pode ser a solução
para quem busca transpor obstáculos
Uma ponte pode também criar condições
para que alguém mergulhe em um abismo

terça-feira, 19 de maio de 2009

CONVITE À ILUMINAÇÃO

Um mestre zen disse: "Para onde quer que você olhe, estará olhando para si mesmo"

Creio que se nos debruçarmos na preciosidade desse ensinamento seremos capazes de perceber algo de tamanha grandeza que raramente pode ser expressado por meio de palavras...

Trata-se de um legítimo convite à iluminação

quarta-feira, 29 de abril de 2009

LONDRES

A reencarnação é para mim algo muito natural e não obstante pertence a um entendimento além da própria razão limitadora da mente relativa. Provas e relatos sobre vidas passadas, em minha opinião, e em última análise, sempre serão marcadas e limitadas por uma mentalidade material e não poderão proporcionar outra coisa senão o fortalecimeno das estruturas do pequeno ego, vez que, o que fomos antes a não ser este ego, e de que nos adiantará concluir que este ego sobreviverá a morte e vem sobrevivendo durante eons?

Disso já sabemos por meio dos ensinamentos do Buda e sabemos também que isso é a prisão do Samsara.

Acredito que este conhecimento somente seria proveitoso na hipótese de estarmos nos aproximando da iluminação, em outras palavras, nos aproximando da verdadeira consciência.

Somente assim não encararíamos a visão de nossas vidas passadas como uma ampliação do sofrimento. Sofrimento de não mais podermos desfrutar da presença de tantas pessoas amadas no passado, sofrimento de não mais podermos habitar ou visitar os locais onde outrora vivemos, pela simples razão de não mais existirem da maneira que os conhecemos no passado, o que nos trará nostalgia e apego...

Ao contrário do arhat ou daquele que verdadeiramente entrou na corrente do rio do Dharma, ele poderá constatar que todas àquelas existências de um certo ponto de vista não estarão perdidas e que a dualidade que nos traz o tempo como um divisor, é também uma ilusão...

ESTAMOS PRESENTES A TUDO E TUDO ESTÁ PRESENTE EM NÓS!

NÃO HÁ UM COMEÇO LÓGICO PARA ISSO E NEM HAVERÁ UM FIM, JÁ QUE NESSE CONTEXTO TAIS CONCEITOS NÃO FAZEM NENHUM SENTIDO.

Aliás, cabe aqui aquele episódio da senhora diante do guru, expressando tristeza por ele não conhecer Londres.

Mas MINHA SENHORA "EU SOU LONDRES!"