sábado, 20 de novembro de 2010

A Liberdade

"A liberdade consiste em ver a sensação como uma função da própria Mente - que os objetos da Mente nunca são exteriores à Mente; são sempre a própria Mente." (Steve Hagen)


O monge zen Steve Hagen nos alerta sobre e visão correta, sobre redirecionarmos o foco para vermos as coisas como realmente são, ou seja, ver as coisas significa ver as coisas apenas como projeções da mente. Não importa o que você veja, ouça, cheire, sinta, toque, a base de todas as percepções e sensações é a própria Mente; como um espelho, ela reflete e constitui a própria realidade.

Desse modo, podemos concluir que a existência de todas as coisas está condicionada a nossa própria existência, isto é, se não existíssemos, nada existiria. Daí decorre o sentimento de unidade, o sentimento de união, de integração entre todas as coisas, nada está separado e se nada está separado, nada está faltando, deixando de ter sentido a ideia de algo exterior.

Contudo, nada permanece o mesmo, tudo está em contínua mudança, fluindo permanentemente, a cada ínfima parcela de um milésimo de segundo, mais parecendo um rio, uma correnteza de experiências. Desse sentimento decorre a leveza, a liberdade mencionada por Hagen, que conclui: "A liberdade é ver que toda a experiência é extremamente fluida e que, portanto, não existe nada a que nos apegar, nada para possuir ou temer."